sábado, 29 de maio de 2010

Pimba na gorduchinha


Apesar do repúdio ao time em questão, sou obrigado a reconhecer que o filme é bom. 23 anos em sete segundos (2009, dir. de Di Moretti e Julio Xavier) é um documentário que reconstitui o dramático jogo com a Ponte Preta, quando o Corinthians quebrou um jejum de 23 anos sem ganhar um mísero título.
Alternando momentos engraçados e melancólicos, essa produção desenha a alma do futebol brasileiro. Com tudo aquilo que tem de ruim, bom, ingênuo e exagerado.
Mas, para mim, o momento mais emocionante não está nas imagens; e sim na locução de Osmar Santos, recuperada dos arquivos da Rádio Globo. O “pai da matéria” impressionava pela grande quantidade de palavras ditas por minuto. Ouvi-lo dizer “pimba na gorduchinha e ripa na chulipa” era melhor do que ver o jogo.
Mas, anos atrás um acidente de carro comprometeu sua narração. Nossos ouvidos sentem sua falta, Osmar.

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Veja o trailer aqui.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Sessão CINEMANIA: Longe do “Elementar, caro Watson”


Depois do vexame de Destino insólito (2002), filme com sua ex-esposa (Madonna), a carreira de Guy Ritchie parecia condenada a seguir ladeira abaixo. Nem parecia mais aquele cineasta criativo de Jogos, trapaças e dois canos fumegantes (1998) e Snatch: porcos e diamantes (2000), quando impulsionou o chamado novo cinema inglês.
Mas, ele começou a voltar aos trilhos com RocknRolla (2008) e agora com esse Sherlock Holmes (2009), em mais uma adaptação sobre o famoso morador da Baker Street.
Desta vez, o detetive criado por A. Conan Doyle ganhou uma roupagem mais moderninha. Ao invés do cachimbo curvo e do jeito blasé, Holmes é apresentado pelo seu lado mais sarcástico, charmoso e aventureiro. Digamos que Ritchie preferiu uma versão pop do detetive, carregando nas cenas de ação. Os fãs mais xiitas não gostaram, mas ficou legal.
Ah, e o melhor: sem o famigerado “Elementar, caro Watson”.

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Veja o trailer de Sherlock Holmes aqui.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Quase o último dos caciques


Como todos sabem, algumas regiões do Paraná sofreram forte influência da colonização gaúcha. Segundo o jornalista Aramis Millarch, num de seus artigos para o jornal O Estado do Paraná, nos anos 1980, os costumes do Rio Grande do Sul foram trazidos pelos imigrantes daquele estado para o Paraná a partir da segunda metade do século 20.
As regiões mais afetadas foram o Oeste e o Sudoeste. Nessa história, o Centro (indo de Guarapuava a Irati) também passou pelo mesmo processo.
Como consequência dessa colonização, nasceram os CTGs (Centros de Tradições Gaúchas), locais onde se pode dançar, cantar e cultivar o orgulho de ser descendente do povo gaúcho.
Num desses CTGs, Jair Lemes, Nelson Teixeira e os irmãos Adilson e Marcelino Batista Mores se reuniram para o lançamento oficial do grupo Os Caciques, em 1981, durante uma apresentação no antigo distrito de Candói, pertencente a Guarapuava (a 250 km de Curitiba, capital paranaense).
Passados quase 30 anos, hoje Candói é uma cidade, a cultura gaúcha continua presente nos lares guarapuavanos e os bailes ainda são animados pelo ritmo fandangueiro de grupos como Os Monarcas e Os Serranos.
Mas, e Os Caciques, ainda continuam na ativa?
Para saber mais sobre isso, a reportagem do blog Folhão entrou em contato com Jair Lemes, guitarrista e violonista do grupo. Ele conversou durante meia hora sobre a história dos Caciques; sua carreira-solo, que já está no segundo CD; a música gaúcha; entre outros assuntos.
INÍCIO
Jair Lemes recorda com carinho dos anos iniciais de Os Caciques, quando lançaram o primeiro de sete trabalhos, Fandango de Campanha (1983). “Na época, não existiam tantos grupos musicais gravando. A gente gravava um LP e todas as 12 músicas rodavam nas rádios”, afirma.
Segundo Lemes, três canções não podiam faltar no repertório dos bailes “Amor esquecido”, “Saudade de Guarapuava” e “Fandango de Campanha”.
Mesmo com a presença de grupos de maior destaque no cenário sulista, como Os Monarcas e Os Serranos, ele diz que Os Caciques sempre tiveram espaço cativo. “O público guarapuavano gosta e valoriza a música composta e cantada por gente desta terra”, complementa.
COMPOSIÇÃO
Diante da “facilidade” de fazer covers de canções de outros grupos, o cacique afirma que a proposta deles sempre foi de compor material próprio, pois havia necessidade de projetá-los. Para isso, não podiam se limitar a “copiar” as canções alheias.
Sobre isso, Lemes explica um pouco sobre o processo de composição, já que ele também é autor de vários sucessos gravados por seu grupo. “Para compor, depende da inspiração. Geralmente, a gente se baseia em histórias verídicas, contadas por pessoas que vêm falar conosco. Aí, através de uma frase, a gente ‘tira’ o tema para fazer a composição”.
GAUCHESCO
Uma das marcas da música gauchesca é a referência ao dia a dia do típico habitante dos pampas. Nas letras de Os Caciques, é muito comum encontrar menção ao campo e ao cavalo. “Geralmente, me questionam sobre a obsessão do gaúcho falar tanto no cavalo. É porque o cavalo se configura no meio de transporte do homem do campo. Antigamente, não havia essa facilidade de hoje, com asfalto para todo lado. Para se locomover de um lado para o outro, cada um tinha que ter seu cavalo. Por isso, a música gauchesca precisa desse elemento”, explica Lemes.
ACORDEON
Instrumento emblemático na música gaúcha, o acordeon (também chamado de gaita, sanfona ou “acordeona”), não podia faltar. “Um grande grupo começa com um grande gaiteiro. Por isso, temos até hoje o Adilson Mores como integrante dos Caciques, representando o instrumento”, alerta Lemes.
SHOW
Quanto perguntado sobre um grande show dado pelos Caciques, o guitarrista guarapuavano se lembra de um baile realizado em Itapetininga, interior de São Paulo, para mais de 15 mil pessoas.
“Mas, já tocamos em vários lugares do Brasil, principalmente em São Paulo, norte do Paraná e Rio Grande do Sul. Já tocamos em quase todos os CTGs que você ouvir falar. E, é claro, Guarapuava é o nosso carro-chefe, nossa cidade natal”, complementa.
NOVOS RUMOS
Antenado com os rumos da música gauchesca, Lemes aponta algumas tendências atuais. Para ele, um ritmo que predomina hoje em dia é o vaneirão, muito tocado nos bailes, pois é bastante animado.
Outro é o bugio (criado pelo gaiteiro Neneca Gomes, o som foi inspirado no ronco dos macacos bugios), que, segundo ele, andava esquecido; mas está voltando com força total, principalmente, na dança.
Quanto aos novos grupos gauchescos, o guitarrista cacique é um pouco reticente, principalmente em relação à Tchê Music. “Olha, acho que essa tal de Tchê Music não tem preservado a essência da autêntica música gaúcha. O pessoal desse gênero está modificando demais o ritmo tradicional, descaracterizando-o”, explica.
CARREIRA-SOLO
Segundo Lemes, atualmente Os Caciques continuam na atividade, reunindo-se ocasionalmente para animar bailes ou simplesmente pelo prazer de tocar juntos, com a seguinte formação: Jair Lemes; Beraldo do Amaral; Adilson Mores e seu filho, Adilson Jr. “O último trabalho gravado foi o CD Tocando baile, lançado em 2004. De lá para cá, fiz uma compilação dos maiores sucesso do grupo no CD Coletânea Os Caciques e lancei em 2009. Para o ano de 2011, estamos programando as comemorações de 30 anos do grupo”, afirma.
Paralelamente, Lemes está investindo em sua carreira-solo. Em 2005, lançou Cantando pra Guarapuava; em 2008, Vida de artista; e, para 2010, pretende gravar o terceiro CD.

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Crédito da Foto: Divulgação

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Smiths ao som de Tião Carreiro & Pardinho


Na mistura entre distorção e suavidade, a banda Charme Chulo resgata o “rock caipira”



Guitarras elétricas combinam com a rusticidade da viola caipira? Os Mutantes já mostraram isso uma vez. E agora, o pessoal da banda curitibana Charme Chulo prova novamente, produzindo um autêntico rock rural.
Formado por Igor Filus (voz), Marano (baixo), Leando Delmonico (guitarra) e Rony Jimenez (bateria), o Charme Chulo surgiu em 2004, com o EP “Você sabe muito bem onde estou”. À época, chamou a atenção da crítica especializada ao fundir o rock oitentista do The Smiths (banda emblemática liderada pelo cool Morrissey) com a moda de viola de Tião Carreiro & Pardinho (dupla fundamental na história da música sertaneja de raiz). Era o chamado “rock caipira” que voltava com força, agora numa roupagem mais pop e bem resolvida.
Não é de hoje que as bandas brasileiras de rock costumam transitar pelo mundo do sertanejo de raiz. Nos anos 60 do século passado, os Mutantes já haviam feito experimentação na canção “2001”, aliando o ritmo caipira com o rock. Nos anos 70, a dupla Sá & Guarabira se uniu a Zé Rodrix para compor alguns clássicos do “rock caipira”. E, nos anos 90, o Ultraje a Rigor, do criativo Roger Rocha Moreira, gravou a música “Vamos virar japonês” com Tonico e Tinoco.
Nessa nova empreitada, o Charme Chulo vai além, apresentando maior consistência na fusão entre a distorção da guitarra e a suavidade da viola. Mais do que isso, os “caipiras ingleses” de Curitiba conseguiram organicidade ao som, ou seja, tem-se a impressão de que é perfeitamente normal ouvir, numa mesma canção, a eletricidade e o timbre cristalino cada gênero.
PRIMEIRO DISCO
Lançado em 2007, o primeiro CD, que leva o mesmo nome da banda, é prova de que essa fusão entre rock e música caipira funciona. Em seu repertório, letras que recuperam o universo rural, mas com doses urbanas de melancolia e solidão; e ritmos que oram se comunicam por meio de guitarras tristes, ora se transformam em animadas violas.
É um passeio entre a crise existencial dos anos 80, de bandas como The Cure e R.E.M., e a simplicidade do mundo rural dos anos 60-90, de duplas como Zilo & Zalo e o violeiro Almir Sater. O Charme Chulo torna isso evidente em canções como “Mazzaropi incriminado”, “Polaca azeda”, “Piada cruel” e “Apaixonante na tristeza”, só para ficar em alguns exemplos.
A figura do caipira que se perde na vida é o mote de “Mazzaropi incriminado”. A começar pelo título, sua letra faz alusão ao personagem consagrado no cinema pelo diretor/ator/produtor Amacio Mazzaropi: o sujeito simples, ingênuo e de origem rural, que acaba sendo usado e enganado. É a encarnação do Jeca Tatu, trazido da literatura de Monteiro Lobato.
Em versos como “Você se sente um Mazzaropi incriminado/ Um brasileiro que perdeu mais uma chance/ Enganado tanto quanto ele só”, a letra faz uma aproximação entre essa figura do Mazzaropi com a trajetória de qualquer brasileiro. Assim, cria-se uma identificação entre o ouvinte e essa vida comum e sofrida.
Apesar de Mazzaropi ser um elemento que remete ao universo rural, no fundo todos somos esse personagem, ainda que urbanos. Ou seja, pessoas que não cometeram crime algum, mas que pagam o pato.
De certo modo, “Piada cruel” se aproxima dessa discussão, mas sem o enfoque no campo. Versos como “Várias coisas me atormentam/ quando tento entender os dilemas dessa vida” provocam uma reflexão sobre a existência humana.
Já na “Polaca azeda”, o que chama atenção é a sua introdução: uma típica moda de viola caipira. Leando Delmonico, guitarrista e violonista da banda, mostra todo sua habilidade nas cordas duplas. Um desavisado poderia pensar que é uma música de raiz; mas não, trata-se de um bom exemplo de fusão entre o rock e o sertanejo. Logo em seguida, entra a parte elétrica da música, pontuando os solos e a base dessa viola.
O mesmo pode se dizer de “Apaixonante na tristeza”, só que agora o engano se dá na direção do rock oitentista. Tanto no arranjo quanto na voz de Igor Filus percebe-se a influência do The Smiths. E a viola caipira continua presente, fazendo companhia à eletricidade de outros instrumentos.
Os Smiths estão também na temática da letra: “Todos vivendo suas vidas/ e parece que não estou vivendo a minha/ Estou deixando ela passar/ Como um filme que vamos ver depois”. Novamente, o passeio pela melancolia existencial.
NOVO TRABALHO
Dando prosseguimento ao “rock caipira”, o Charme Chulo lançou no final de 2009 o CD “Nova onda caipira”, aprofundando ainda mais a mistura de guitarras e violas. Inclusive, a faixa “Fala comigo, Barnabé!” está disponível para audição no MySpace da banda e foi citada pela versão brasileira da revista Rolling Stone, edição de abril.
Enfim, a mistura do Charme Chulo dá samba, ou melhor, “rock caipira”.


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Crédito da foto: Divulgação

sábado, 15 de maio de 2010


“Difundir a música erudita por meio do acordeon”. Assim se define a missão do Quinteto Persch, grupo gaúcho fundado em 1999 e que se apresentou no dia 12 de maio, em Guarapuava (PR), no Campus Santa Cruz da Unicentro (Universidade Estadual do Centro-Oeste). Após o concerto, um de seus integrantes, Adriano Persch, conversou durante meia hora com a reportagem do FOLHÃO.
Demonstrando satisfação por mais um concerto realizado, Persch diz que o público guarapuavano foi bastante acolhedor e receptivo, apesar da noite fria e chuvosa. Mais do que isso, segundo ele, as pessoas conseguiram perceber, após o momento de surpresa, que o acordeon não é um instrumento para ser usado apenas na música gaúcha ou no forró, “Se existe tanta diversidade musical e instrumental, então, por que não se pode usar o acordeon para outro tipo de música?”, questiona Persch.
Nesse quesito, ele comenta que, infelizmente, o Quinteto é o único no Brasil que se propõe a tocar apenas com o acordeon, “Para mim, a falta de outras formações com esse instrumento é uma lástima, pois não podemos trocar ideias e experiências, enriquecendo nosso trabalho. Já na Europa, é muito comum encontrar grupos de acordeon, principalmente nos países de origem eslava, que integravam a antiga União Soviética. Só para se ter uma ideia, na Polônia existia o Quinteto de Varsóvia”, que funcionou durante 50 anos”.
Mas, nem sempre a plateia é receptiva como a de Guarapuava. Persch conta que já aconteceu “do público gritar e exigir que tocássemos uma vaneira, no meio de uma apresentação”. O músico explica que isso acontece às vezes porque as pessoas ainda têm uma ideia preconceituosa sobre música. “Persiste aquele ‘ranço’ de que somente gente entendida pode entender composições eruditas; ou de que o acordeon não deve ser usado para tocar Mozart, Vivaldi etc.”, afirma.
Por isso, Persch ressalta a importância da missão do quinteto que leva seu sobrenome, “difundir a música clássica, provando que o acordeon é versátil e envolvente”. Para levar a cabo esse propósito, Persch confessa que o Quinteto não cobra cachê, preferindo trocá-lo pelo valor arrecadado na bilheteria; assim, a instituição promotora não tem quase nenhum custo. Mesmo assim, Persch lamenta que muitas cidades não se interessam pelas apresentações do Quinteto, preferindo manter grandes e belos teatros às moscas.
PRÓXIMO PROJETO
Para finalizar a entrevista, Persch adianta que o próximo projeto do Quinteto é de gravar composições contemporâneas, seguindo a linha da música erudita. Para isso, o grupo já está recebendo e estudando peças compostas por diversos autores. Aliás, um dos integrantes do Quinteto, André Machado, também compõe. “Já faz algum tempo que o André tem produzido obras próprias; mas, a gente ainda fica com certo receio de mostrá-las ao público, durante as apresentações”, afirma Persch.
CONCERTO
Apesar da noite fria em Guarapuava, a apresentação do Quinteto Persch entrou para a história, pois foi a primeira vez que um grupo de acordeon tocou música erudita na cidade, provando que o instrumento “dá samba”.
No geral, o repertório privilegiou peças mais conhecidas do público, criando maior identificação com o concerto. Inclusive, entre uma execução e outra, Adriano Persch conversava com as pessoas, dizendo que as músicas tocadas pelo Quinteto eram bem conhecidas, pois estavam em toques de celular etc., ou seja, no dia a dia de todos. Além disso, Persch, sempre o porta-voz do grupo, contextualizou as músicas executadas, informando sobre a história dos compositores escolhidos. Com isso, o concerto se tornou mais acessível ao público.
O Quinteto também tocou parte do repertório que compõe seu primeiro CD, lançado no ano passado graças à contemplação no projeto Petrobras Cultural 2007, que financia trabalhos selecionados por comissão especializada.

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LEGENDA DA FOTO:
Durante passagem de som, o Quinteto Persch acertou os últimos detalhes do concerto

terça-feira, 11 de maio de 2010

XVI Mostra de Artes Visuais: um olhar sobre a produção atual


Tradicionalmente promovida pela Unicentro (Universidade Estadual do Centro-Oeste), a Mostra de Artes Visuais entra em sua 16ª edição, apresentando, neste ano, a produção contemporânea de diversos artistas paranaenses (além de Osasco/SP). Com as obras sendo expostas no Centro de Exposições do Campus Santa Cruz (Guarapuava/PR), a Mostra segue aberta até o próximo dia 21, nos períodos da manhã, tarde e noite.

Segundo Elizabete Ribas Lustoza, chefe da Divisão de Assuntos Culturais (Dirc), “o objetivo da exposição é divulgar a obra de artistas pouco conhecidos do público; além, é claro, de estabelecer uma interação entre as obras e os visitantes”.

Por isso, Lustoza conta “que a seleção feita pela Clediane Lourenço, curadora da Mostra, levou em conta os artistas com uma carreira reconhecida e consolidada; ou seja, que apresentam obras maduras, com qualidade”. É o caso de Alba Condessa, Jane Sell, Rosane Marochi, Edenilso Benato, Clério Back, Jackeline de Freitas, Silvana Camilotti e Nicole Gutfreund.

Todos eles estão representados na exposição com dois ou três quadros, cuja técnica varia de artista para artista: óleo sobre tela, fotografia, acrílica sobre tela e ilustração digital.

ROSANE MAROCHI

Elizabete Lustoza diz que, após o período de exposição no Campus Santa Cruz, a intenção é de transformar a Mostra de Artes Visuais num evento itinerante. Segundo ela, caso se confirme a ideia, a Mostra segue para o Campus Cedeteg (Guarapuava); em seguida, para Irati, no Campus da Unicentro.

Pra finalizar, Lustoza adianta que a próxima exposição será da artista plástica Rosane Marochi, que reside em Irati. A previsão para início da mostra é o próximo dia 25, seguindo até 4 de junho.


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Crédito da Foto: ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA UNICENTRO

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Quinteto Persch apresenta “outro” acordeon em Guarapuava



Na região de Guarapuava, o acordeon (ou sanfona, gaita) é presença constante nos bailes promovidos pelos CTGs (Centros de Tradicionalismo Gaúcho), onde grupos como Os Serranos, Os Monarcas e Os Caciques têm gaiteiros de mão cheia. Mas, e fora dos salões, o acordeon combina com outros ritmos? Por exemplo, com música erudita (Mozart, Verdi, Bach)? Ou música popular (Tom Jobim, Astor Piazzolla)?


Pode parecer que não, mas a mistura dá samba. Ou melhor, “Concerto de Acordeon”. Fazer essa mistura de música erudita e popular, usando o acordeon, é a proposta do Quinteto Persch, que se apresenta nesta quarta-feira (12), às 20h30min, na Sala de Eventos do Campus Santa Cruz, Unicentro.


Apesar de terem surgido, em 1999, no Rio Grande do Sul, os integrantes do grupo não tocam a típica música nativista. Durante conversa por e-mail, um de seus integrantes, Adriano Persch, afirma que “a proposta artística do Quinteto Persch é voltada para música erudita de compositores brasileiros e estrangeiros”. Para o concerto da Unicentro, ele adianta que a apresentação durará cerca de uma hora, com destaque para um repertório composto por “Mozart, Astor Piazzolla, entre outros”.


O Quinteto Persch também estará divulgando seu primeiro CD, cuja gravação foi possível graças à contemplação no projeto Petrobras Cultural.


Para o concerto, os ingressos podem ser adquiridos na Diretoria de Cultura (Dirc), localizada na Unicentro, e custam R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia – para estudantes, professores, funcionários, idosos e portadores de necessidades especiais).

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Crédito da Foto: Cláudio Etges

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Sessão CINEMANIA: A busca de Charles Kane


“Eu não sou eu/ Procuro por mim/ E sei que estou longe”. Começamos a coluna desta semana ao som rock and roll da banda gaúcha Cidadão Quem. É a expressão da angústia moderna: quem sou e para onde vou?
Dúvidas que se abatem sobre o personagem Charles Kane no filme Cidadão Kane (1941), uma obra-prima dirigida por Orson Welles. Por sinal, o próprio nome da banda remete ao longa: Quem/Kane (sem falar de outra banda, o The Who).
Como se pode ver, rock e cinema têm tudo a ver.
Charles Kane procura a si mesmo durante todo o filme, tentando achar satisfação para sua dúvida existencial. É um magnata das comunicações, cheio de dinheiro e posses, mas não tem felicidade. E o rock sempre contestou o status quo, buscando o mesmo que Charles Kane.
E você, inimigo leitor, já achou seu eu?

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Obs.: Na BARRA DE VÍDEOS ao lado, você pode conferir vídeos sobre Cidadão Kane, direto do canal YouTube.