(Foto: marciobrasil7.blogspot.com)
O escritor Moacyr Scliar, que morreu neste domingo, 27 de fevereiro, aos 73 anos
Fui pego de surpresa com a morte de Moacyr Scliar. Sabia que ele estava internado em decorrência de um AVC, mas não sabia que era tão grave a ponto de provocar sua morte; como de fato aconteceu.
Muito se falou e ainda se falará sobre a importância da obra de Scliar para a literatura, principalmente para os estudos sobre judaísmo, temática frequente nos romances do escritor gaúcho. Particularmente, gosto mais dos contos e da crônicas escritas ao longo dos últimos anos numa coluna semanal publicada pelo jornal Folha de S. Paulo. Era interessante notar que o autor se baseava em notícias publicadas durante a semana para formular textos que se aproximavam bastante do gênero do conto.
A despeito dessas divagações literárias, gostaria de me ater a um fato prosaico sobre a vida de Moacyr Scliar. Refiro-me aos dois encontros que tive com ele; na condição de fã, que fique bem claro. Um aconteceu em 1998, durante um evento acadêmico em Foz do Iguaçu; e o outro foi em 2000, na cidade de Maringá, no mesmo tipo de congresso.
Infelizmente, nas duas ocasiões, o contato foi muito rápido, coisa assim de poucos minutos. Tempo suficiente apenas para pegar um autógrafo em livros de sua autoria, como é de praxe. Pelo menos, no segundo encontro, tive a oportunidade de assistir a uma palestra dele num cinema. Foi a primeira e única vez em que estive numa sala de cinema para um encontro literário. Lembro-me que o próprio Scliar atentou para o fato.
Ao final da palestra, quando fui pegar o tradicional autógrafo, uma amiga, lá de Marialva, apontou exatamente para o conto de sua preferência, de uma coletânea, e pediu que o escritor assinasse ali. Scliar achou engraçado o pedido e fez com muito gosto.
É uma história que relembro com prazer, apesar do momento triste.
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