Em A Invenção de Hugo Cabret, Martin Scorsese revela todo o fascínio da Sétima Arte
A última edição do Oscar, realizada em fevereiro passado, ficou marcada pela nostalgia a certo tipo de cinema. Entre os filmes concorrentes à estatueta dourada, O Artista (2011) e A Invenção de Hugo Cabret (2011) mostraram encanto e reverência a uma fase clássica na Sétima Arte norte-americana: o período mudo (ou “silencioso”, como querem alguns historiadores). Num deles, o diretor francês Michel Hazanavicius rodou um longa-metragem quase todo ausente de som, pondo em relevo a fase de transição do mudo para o sonoro.
No outro, o norte-americano Martin Scorsese, por meio da história do jovem órfão Hugo Cabret, tratou de maneira sutil da trajetória final de Georges Meliès, um dos precursores do cinema. No sábado (8), o público de Irati tem a oportunidade de conferir A Invenção de Hugo Cabret (cópia dublada) no Cine Irati, às 20h30.
Mágico de origem, Meliès logo se encantou com as possibilidades trazidas pela invenção dos irmãos Lumierè, o cinematógrafo. Por conta própria, ele logo desenvolveu tecnologia semelhante e começou a produzir curtas e médias-metragens. Inventivo e criativo, Meliès bolou uma narrativa com efeitos especiais que contribuiu para moldar a linguagem cinematográfica que conhecemos hoje.
Infelizmente, o mercado de filmes da época (início do século 20) foi implacável e levou o mágico diretor ao ocaso. É nesse ponto de sua trajetória que o filme de Scorsese se passa, mostrando o encontro do esquecido Meliès com o jovem Hugo Cabret.
Na Paris dos anos de 1930, Cabret (Asa Butterfield) é um órfão que vive escondido nas paredes da estação de trem. Ele guarda consigo um robô quebrado, deixado por seu pai (Jude Law). Um dia, ao fugir do inspetor (Sacha Baron Cohen), ele conhece Isabelle (Chloe Moretz), uma jovem com quem faz amizade. Em seguida, entra em cena Papa Georges (Ben Kingsley), o personagem que representa o famoso diretor de filmes.
Admirador confesso do cinema mais antigo e conhecedor profundo da linguagem fílmica, Scorsese revela, em A Invenção de Hugo Cabret, todo o seu fascínio por uma função básica de qualquer ficção: a capacidade de inventar uma história.
Olá,
ResponderExcluirFiquei ainda mais interessada em assistir ao filme! Ótima sugestão para o fim de semana da páscoa.
Abraços,
Adriana