Conheça um pouco da obra do jornalista morto há 15 anos
(Baptistão)
Polêmico e brigão, Paulo Francis se notabilizou ao longo de sua carreira jornalística (iniciada ao final dos anos de 1950 no extinto jornal Diário Carioca) pela verve ácida e pelo tom jocoso. Na coluna bissemanal “Diário da Corte” (publicada primeiro na Folha de S.Paulo e depois em O Estado de S. Paulo), escreveu quase a totalidade de seus textos.
Na TV, trilhou carreira parecida ao gravar comentários diários para o Jornal da Globo e participar da bancada do programa semanal de debates Manhattan Connection na TV a cabo.
Além dessa trajetória no jornal impresso e na TV, Paulo Francis também se aventurou pela literatura, pelo ensaio e pelo memorialismo, tornando-se autor de 11 livros.
No início dos anos 2000, a W11 Editores (cuja proprietária, Sônia Nolasco, é viúva de Francis) foi criada especialmente para reeditar toda a obra do autor. Para tanto, o selo “Francis” relançou obras como Trinta anos esta noite, Cabeça de Negro e Cabeça de Papel.
Companhia das Letras e Civilização Brasileira foram outras editoras que publicaram seus livros.
Infelizmente, é difícil encontrar esse material nas livrarias.
FICÇÃO
Cabeça de Papel (1977) e Cabeça de Negro (1979). Segundo Daniel Piza (morto ao final de 2011), em Paulo Francis: Brasil na Cabeça (2004), os dois romances são uma espécie de acerto de contas de Francis com seu passado pré-64, quando sua geração tinha ilusões de mudar o Brasil.
E mais As filhas do segundo sexo (1982), que reúne duas novelas sobre a situação da mulher emancipada.
MEMÓRIA
O afeto que se encerra (1980). Autobiografia publicada precocemente aos 50 anos de idade, apresenta lembranças de um Francis saudoso daquele Rio de Janeiro que ainda não havia vivido os dissabores do Brasil pós-64.
Trinta anos esta noite (1994). Mistura de reflexão e memórias sobre o Golpe de 64. Assumindo que é apenas uma versão dos fatos históricos de 1964, Francis usa o livro para contar aquilo que ele viu e vivenciou durante aquele difícil período da história brasileira.
COLETÂNEAS
Paulo Francis Nu e Cru (1976). Reunião de material feito para o jornal de esquerda O Pasquim.
Waaal – Dicionário da Corte de Paulo de Francis (1996). Garimpando nas páginas da coluna “Diário da Corte”, o jornalista Daniel Piza divide as ideias de Paulo Francis em verbetes, como se fosse um dicionário. Para iniciantes na obra de Francis.
ENSAIO
Opinião Pessoal (1966), Certezas da Dúvida (1970), Nixon X McGovern (1972) e O Brasil no Mundo (1985). Livros que discutem basicamente a política, com destaque para a cena internacional, incluindo o Brasil.
Olá,
ResponderExcluirLegado curioso e interessante para conhecermos.
Até,
Adriana