segunda-feira, 28 de março de 2011

O pai do Avatar

(Foto: cinemacemanosluz.blogspot.com)

No fundo do mar, a fascinação pelo desconhecido


Não é de hoje que James Cameron se interessa pela alta tecnologia e a temática humanitária em seus filmes. Para quem só conhece Avatar (2009), saiba que, nos anos 1980, o diretor fez a ficção científica O segredo do abismo (1989).
Ao invés dos seres azuis, alienígenas na forma de água; no lugar de um planeta exótico e exuberante, o fundo do mar. Essa produção oitentista talvez tenha sido a primeira experiência bem realizada de Cameron com efeitos especiais de primeira. Depois, viria O Exterminador do futuro 2: o julgamento final (1992), e o resto é história.
Passados mais de 20 anos do lançamento, resolvi rever O segredo do abismo numa versão remasterizada e estendida (com 28 minutos a mais). Interessante notar que o filme ainda prende o espectador com cenas de ação impactantes e imagens exuberantes. Enfim, os efeitos especiais não envelheceram.
Quanto ao conteúdo, deixa a desejar. Não me lembro se naquela época funcionava, pois era muito jovem para ter noção disso, mas hoje a temática sobre a Guerra Fria e os conflitos mundiais soa muito ingênua e moralista. Para quem não viu, a produção de Cameron trata de alienígenas aquáticos que querem punir a humanidade, mostrando que discordam dos ataques nucleares e coisas do tipo. Para isso, os tais seres estão a ponto de provocar maremotos e tsunamis que vão cobrir a terra, ao estilo do dilúvio bíblico.
Sinceramente, acho a solução final, que não vou contar aqui, e o tema sem graça. A premissa dá a impressão de que será um autêntico filme de Terror; mas, o desenrolar prova o contrário. Uma pena.
Bom, Avatar prova que Cameron sempre se preocupou mais com a forma do que com o conteúdo. E, levando em consideração o sucesso de bilheteria, seu público também.


****Trailer:

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