segunda-feira, 7 de março de 2011

TOP LISTAS: sucesso passageiro

Outro dia, estava acompanhando a programação da TV quando me deparei com um videoclipe de Bruce Springsteen. Tratava-se de “Streets of Philadelphia”, que fez parte da trilha musical do filme Filadélfia (1993, dir. Jonathan Demme). Na hora, pensei: taí uma produção que fez muito sucesso à época em que foi lançado, mas que hoje pouca gente deve lembrar ou conhecer.
A partir dessa reflexão, resolvi elaborar a primeira listagem da seção Top Listas do Nova Estampa: “filmes de sucesso passageiro”.

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1.Filadélfia (1993) – Filme que inspirou o surgimento desta lista, não poderia ficar de fora da posição número 1. Dirigido pelo prestigiado Jonathan Demme (Sabe O silêncio dos inocentes? Então, não preciso falar mais nada), essa produção fez muita gente se emocionar com a história de um advogado homossexual (Tom Hanks) que é despedido da firma onde trabalhava porque estava com Aids. Tornou-se um libelo contra o preconceito e marcou profundamente as carreiras de Tom Hanks e Denzel Washington. É difícil não chorar ao ouvir “Streets of Philadelphia”; a não ser que você seja duro feito uma pedra. Foi reprisado à exaustão na Globo.



2.Para o resto de nossas vidas (1992) – Contemporâneo de Filadélfia, esse filme também foi reprisado centenas de vezes, mas na Band. Conta a história de um grupo de amigos que se reúne após muitos anos de separação. Um deles, Peter (Stephen Fry), é o anfitrião da casa e mentor do reencontro. Infelizmente, a amizade já não é a mesma e suas vidas tomaram rumos sem volta. O desfecho é bastante melancólico e tocante. Destaque para o elenco (Hugh Laurie, antes de se tornar o médico House; Emma Tompson; e Kenneth Branagh, que também dirigiu) e o país de origem, Inglaterra.



3.Quatro casamentos e um funeral (1994) – Típica “comédia romântica”, mas com sotaque inglês, mostrou que a química entre “inglês sem jeito” e “norte-americana sensual” funcionava; era o casal Hugh Grant e Andie McDowell (mais de uma década depois, Um lugar chamado Notting Hill repetiria a fórmula, com o mesmo Hugh Grant e Julia Roberts no lugar de Andie). A trama se aproveitava daquele clichê hollywoodiano de encontros/desencontros para dar uma cara mais inglesa, com humor diferenciado. À época, o filme também ganhou visibilidade com o escândalo sexual de Grant, que foi pego num carro com uma prostituta.



4.Kickboxer: o desafio do dragão (1988) – No final dos anos 1980, esse era o “oba oba” dos filmes de luta. Dá pra acreditar nisso? Mas acredite, pois a minha turma de karatê, em Marialva (uns 400 km de Curitiba), queria imitar todos os movimentos do personagem de Jean-Claude Van Damme, mesmo não sendo um lutador de karatê. A cena em que Tong Po, algoz do irmão de Kurt Sloane (Van Damme), se aquece batendo numa pilastra é memorável. Versão “filmes de artes marciais” da série de boxe Rocky. E mais: Kickboxer: o desafio do dragão era o mito entre os filmes trash, perdendo apenas para aqueles estrelados por Bruce Lee.



5.Nove semanas e meia de amor (1986) – Acredite se quiser, mas Mickey Rourke já foi “o cara” em Hollywood. Quem tem o número 1 da revista Set sabe do que estou falando. Nos anos 1980, ele escolhia seus papéis e estrelou filmes ao lado de gente como Robert De Niro (Coração Satânico). Tudo graças a sucessos como Nove semanas e meia de amor. Entre os casais apaixonados, era sucesso absoluto; entre gente solitária, também. Todo mundo queria fazer as mesmas estripulias sexuais vividas pelos personagens de Rourke e Kim Basinger (no auge de sua beleza). Assistindo hoje, parece filme do maternal; mas, à época, era quase pornográfico. Garanto que nunca foi reprisado na Sessão da Tarde. Enquanto Rourke voltou do limbo, estrelando produções como O lutador (2008) e Homem de Ferro 2 (2009), Basinger sumiu de vez. Por onde andará a atriz?

Um comentário:

  1. Olá,

    Assisti aos 5 filmes ao longo de minha vida e achei muito pertinente o fato de tê-los posto nesta lista com suas avaliações.

    Abraços,
    Adriana

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