quarta-feira, 20 de julho de 2011

Piranha: o lado trash da vida

(Foto: www.adorocinema.com.br)
O remake estragou a graça trash da série Piranha


Sabe aqueles filmes que de tão ruins são bons? Ao invés de ficar com medo, a gente acaba dando risadas e achando tudo muito espirituoso? Pois é, são os famosos “filmes trash”, que têm certo valor histórico (acredite, se quiser) e, vá lá, seu charme.

Nessa listinha nada lisonjeira, entram pérolas do naipe de O Massacre da Serra Elétrica (1974), O Ataque dos Vermes Malditos (1990, com direito a atuação “caprichada” de Kevin Bacon) e qualquer filme de Roger Corman. Aliás, este diretor é considerado o “rei dos filmes B” (outro nome para o gênero), graças a algumas obras-primas, como é o caso, por exemplo, de A Pequena Loja dos Horrores (1960, espécie de Cidadão Kane do trash).

Mas, o campeão de todos parece ser Piranha (1978, dir. Joe Dante). Feito com orçamento ridículo, (d)efeitos especiais e atuações vergonhosas, entrou para os anais do cinema ao se intitular como “o pior filme da história”. Apesar disso, é engraçado assisti-lo, principalmente pelo lado trash da coisa.

E o mais curioso de tudo: James Cameron, o mesmo dos megassucessos Titanic (1997) e Avatar (2009), teve coragem e sangue-frio para dirigir a continuação, Piranha II-Assassinas Voadoras (1981, sim elas voavam!).

Infelizmente, o remake lançado no ano passado estragou a graça. Ao tentar fazer uma produção mais elaborada, seu diretor, Alexandre Aja, quebrou uma regra de ouro: se levou a sério. E, pra piorar, em 3D.

Pobre de Christopher Lloyd (o doutor Brown da trilogia De Volta para o Futuro) e Richard Dreyfuss (o oceanógrafo do clássico Tubarão). Atores que, a julgar por participações em filmes como Piranha 3D, estão em fim de carreira.


*****Vale mais a pena se divertir com a versão original de Piranha:

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