sexta-feira, 16 de março de 2012

Antes que as coisas piorem

No longa-metragem Reis e Ratos, Mauro Lima mistura história e ficção para contar os momentos que antecederam o Golpe de 64

(Divulgação)

De Pra frente Brasil (1982) a O que é isso, companheiro? (1997), o cinema brasileiro é pródigo em filmes sobre os chamados “Anos de Chumbo”, um difícil período da ditadura militar (1964-1984). Pudera, até hoje gera controvérsia e remexe velhas feridas (vide a Comissão da Verdade).

Por isso, sempre é bem-vindo novas abordagens dessa história negra e obscura. A mais recente incursão cinematográfica brasileira é Reis e Ratos (2012), que estreia nesta sexta-feira (16) no Cine XV, às 21h30.

Dirigido por Mauro Lima (o mesmo de Meu nome não é Johnny), o longa-metragem apresenta um tom diferente do habitual. Deixa a seriedade de lado e pinta de maneira farsesca os acontecimentos que precederam o Golpe de 64. Só pra ter uma ideia, o ator Selton Mello vive um agente da CIA que parece dublado aos moldes daqueles antigos filmes de época. Tudo graças à inflexão de Mello.

Em entrevista à revista Preview, o cineasta Lima conta que o objetivo do filme era falar do Golpe de uma “forma inédita”, misturando aspectos da história do país com ficção. Assim, ele traça uma imagem meio romântica, meio humorística do período pré-Golpe. Segundo ele, naquele momento ainda era possível certa inocência (que se perderia após 31 de março de 64).

Na história, depois que um coreto de uma pequena cidade é destruído por uma misteriosa bomba, uma cantora (Rafaella Mandelli), que seria a principal vítima, descobre que o enigmático locutor Hervé (Cauã Reymond) foi o responsável por sua salvação. Mas o mediúnico funcionário da rádio não fazia ideia de que estaria atrapalhando os planos de desestabilizar o Brasil, arquitetados por Troy Sommerset (Selton Mello), agente da CIA, e o Major Esdras (Otávio Muller), auxiliados pelo meliante Ronny Rato (Rodrigo Santoro).

Mais do que um filme brasileiro, vale a pena pela leitura diferente de um período específico da história brasileira.





GUERRA É GUERRA 
A outra estreia que completa o fim de semana do Cine XV é a comédia Guerra é Guerra (2012), com sessões às 15h00, 17h00, 19h15 e 21h30. A direção é de McG. 

Estrelado por Reese Witherspoon e Chris Pine, o filme conta a história de Tuck (Tom Hardy) e FDR (Chris Pine), que são dois dos principais agentes da CIA. Grandes amigos, eles vivem uma rotina perigosa em que é fundamental a confiança de um no outro. 

Tudo ia bem até que se veem namorando a mesma mulher, Lauren (Reese Witherspoon). Inicialmente, decidem seguir cada um na sua e deixar para que ela escolha um dos dois. Mas aos poucos, a natureza competitiva da dupla vai mostrar que ninguém está ali para perder. 


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