quinta-feira, 22 de março de 2012

O porquinho mandão

Comédia estrelada por Selton Mello e Grazi Massafera, Billi Pig apresenta trapaça, golpes e brinquedo animado

(Divulgação)

Nos últimos anos, o cinema brasileiro parece que encontrou a fórmula certa para o sucesso junto ao público: a comédia leve e rápida. Sem grandes firulas, filmes como a franquia Se eu fosse você (2005/2009) conseguiram arrebatar milhões de pessoas. A crítica torce o nariz, mas o público não está nem aí, pois o importante é dar boas risadas.

Se no passado, o cinema brasileiro era bom no conteúdo, mas ruim de público; agora, o problema é o inverso. Então, como encontrar o equilíbrio necessário? Filmes como Billi Pig (2012) tentam achar a resposta. Após rodar pelo Brasil, o longa-metragem estreia nesta sexta-feira (23) no Cine Irati, às 20h30.

Inspirada nas pornochanchadas (mistura de comédia escrachada com erotismo) dos anos de 1970, a produção dirigida por José Eduardo Belmonte apresenta uma história não tão original: trinca de trapaceiros tenta dar golpe em traficante cuja filha levou um tiro e está desenganada.

O diferencial no filme é a presença de um elemento inusitado. Um porquinho de brinquedo, o tal “Billi Pig” do título, ganha vida e começa a dar ordens no personagem de Grazi Massafera, uma aspirante a atriz. Formando a gangue, um falso padre milagreiro (vivido pelo sempre ótimo Milton Gonçalves, um ator subutilizado na Globo) e um corretor de seguros falido (o polivalente Selton Mello).

Para animar o porquinho, o diretor misturou técnicas de animatronix (animação gráfica criada via computador) e recursos do 3 D.

Para alguns críticos, a comédia de Belmonte errou pela falta de foco, pois, ao invés de explorar os protagonistas, preferiu personagens paralelos.

Em todo o caso, é uma oportunidade única para comprovar se uma comédia brasileira consegue ir além do trivial.



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