sexta-feira, 16 de março de 2012

Mortos-vivos chegam a Guarapuava

Evento inédito na cidade, o 1º Zombie Walk promete movimentar a população no fim de semana

 (Divulgação)


Eles estão em toda a parte. Rastejando lenta e desordenadamente, agem em bandos ou sozinhos. Seu ataque é mortal. Nos gibis, na TV, ou na literatura, nada escapa de sua fome insaciável pelos poucos humanos que restaram no planeta. E agora, eles estão em Guarapuava.

Calma, não é preciso entrar em desespero. Por enquanto, o perigo existe apenas na ficção, principalmente para aqueles que têm coragem em entrar numa história protagonizada pelos mortos-vivos (ou zumbis). Ou que se dispõem a participar de eventos que reúnem aficionados pelo tema. É o caso do 1º Zombie Walk em Guarapuava, que ocorre neste sábado (17), às 17h30, em frente à “Praça Cleve”.

Assim como outros similares, a graça do Zombie Walk é fugir um pouco da rotina diária e entrar no espírito da brincadeira. Fãs de histórias de Terror se caracterizam como zumbis e saem em caminhada pela cidade. É como se fosse um baile de Carnaval, mas sem marchinhas e com o mesmo objetivo de se divertir.

Em entrevista exclusiva ao Nova Estampa, uma das organizadoras do evento guarapuavano, Gabriela Frigo Fernandes, 19, conta que ela sempre foi fascinada pelo Terror e a ideia de realizar um Zombie Walk surgiu por acaso. “Um dia estava no Twitter e postei aleatoriamente: ‘Sério que, em Guarapuava, não tem Zombie Walk?’. Alguém me respondeu dizendo: ‘Deveria, né?’. Então, conversei com meus amigos para pedir ajuda e nós organizamos tudo”.

Estudante do curso de química, Gabriela conta que toda a preparação foi feita por meio de redes sociais (Facebook e Twitter) e reuniões em sua casa. Aos poucos, os cartazes foram sendo montados, sem ajuda alguma de patrocinadores, e a divulgação foi sendo feita boca a boca, principalmente na internet.

Ao contrário do que muita gente pensa, o objetivo do Zombie Walk não é assustar ninguém ou causar confusão. Acima de tudo, a diversão. “Existem pessoas que criticam o evento por não ter nenhum cunho social ou de protesto, mas acredito que cada um encontra a sua forma de diversão e que mobilizações não precisam envolver, necessariamente, protestos. Assim como existem pessoas que gostam de sambar seminuas no Carnaval, existem aqueles que gostam de se fantasiar de zombies e sair pelas ruas andando”, defende a estudante.

Ciente de que Guarapuava (250 km de Curitiba) é uma cidade conservadora, Gabriela sabe que o evento pode chocar algumas pessoas. Mas, por outro lado, ela acredita na existência de um público interessado pelo assunto, que, assim como ela, também gosta de diversão e histórias de mortos-vivos.

Na expectativa pela primeira edição do Zombie Walk, a estudante termina a entrevista dizendo que a cidade precisa de mais agitação cultural. Por isso, é necessário um teatro.



CURIOSIDADE
Em cidades como Curitiba, o Zombie Walk já entrou para o calendário local. Neste ano, a caminhada dos zumbis, que está em sua quarta edição, fez parte da programação do Carnaval alternativo de Curitiba, o Festival Psycho Carnival.


Cerca de duas mil pessoas passaram pelo Centro da capital paranaense vestidas de mortos-vivos.

ORGANIZAÇÃO
Além de Gabriela, participaram da organização do 1º Zombie Walk em Guarapuava: Bruno Hilgemberg, Felipe Bini, Felipe Kosouski, Felipe Tagami, Karine Cristine Almeida, Priscila Ikeda e Raphael Baldissera Gonçalves.



*****Amostra de como foi o evento em Curitiba:


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