sexta-feira, 2 de março de 2012

A invenção do cinema

Em novo filme, Martin Scorsese presta justa homenagem a precursor do cinema
 

(Divulgação)


A cerimônia do Oscar, realizada no último dia 29 de fevereiro, teve certo ar de nostalgia. A saudade de um tipo de cinema que está desaparecendo nesse momento de transição para o digital: película, artesanal e com muita criatividade e simplicidade.

Como todos sabem, o grande vencedor da noite do Oscar foi O Artista, longa-metragem francês que viaja no tempo até os primórdios do cinema hollywoodiano. Feito em preto e branco e quase todo sem som, o filme conquistou a Academia.

Apesar de faturar apenas prêmios técnicos (cinco estatuetas), outra estrela que passou pelo tapete vermelho do Oscar foi A invenção de Hugo Cabret (2011), que estreia nesta sexta-feira (2) no Cine XV (da cidade de Guarapuava), às 17 h. 


Primeira incursão do prestigiado diretor Martin Scorsese ao universo dos filmes infantis e do cinema 3 D, A invenção de Hugo Cabret tematiza um tempo antigo do cinema, quando não havia som e grandes efeitos especiais. Prevalecia a criatividade e alguns truques trazidos pelo mágico francês Georges Méliès, que se tornaria o primeiro grande cineasta da história.

São de Méliès obras precursoras como Viagem à Lua (1902), em que lança as bases para o conceito de ilusionismo no cinema. A despeito do enorme sucesso alcançado no início do século 20, o francês acabou esquecido pela sociedade de sua época.

No entanto, a história o recuperaria e poria no merecido lugar de pioneiro e mestre da Sétima Arte. O longa-metragem de Scorsese é um acerto de contas com a memória de Méliès. Por isso, este é um dos personagens da fábula de A invenção de Hugo Cabret.


 

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